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Exploração de Exoplanetas: Rumo à Missão PLATO e Estudos Populacionais

Uma tese de doutoramento recente explora a fundo a investigação de exoplanetas, servindo como um importante trabalho preparatório para a futura missão PLATO. O estudo concentra-se em avançar na compreensão da formação e evolução planetária através da análise de dados observacionais.

A investigação utilizou dados das missões Kepler/K2 e TESS, combinados com observações baseadas em terra. Este esforço observacional resultou na descoberta e validação estatística de quatro novos planetas, na confirmação e caracterização de outros dois, na identificação de 14 novos planetas candidatos e na revisão das propriedades de 25 planetas anteriormente catalogados.

Entre as descobertas específicas, destaca-se TOI-244 b, uma super-Terra com uma densidade inferior à esperada para uma composição similar à da Terra, sendo classificada como uma super-Terra de baixa densidade (LDSE). O estudo também confirma o super-Netuno em trânsito TOI-5005 b. Neste sistema, foi detetada variabilidade fotométrica que coincide com o período orbital do planeta, sugerindo a existência de interações magnéticas estrela-planeta (MSPIs). Sinais sincronizados similares, que aparecem e desaparecem em diferentes órbitas, foram igualmente detetados no sistema excêntrico HD 118203, em concordância com a natureza intermitente bem conhecida das MSPIs.

A nível populacional, a tese apresenta descobertas significativas. Verificou-se que as super-Terras de baixa densidade (LDSEs) tendem a orbitar estrelas com metalicidade subsolar e que as LDSEs com menor densidade geralmente recebem baixos fluxos de insolação. Além disso, o estudo identificou uma sobre-densidade de planetas Neptunianos em órbitas correspondentes a períodos entre aproximadamente 3.2 e 5.7 dias, fenómeno a que se refere como a "crista Neptuniana" (Neptunian 'ridge'). Esta "crista" coincide com o intervalo orbital de acumulação de Júpiteres quentes, sugerindo uma via evolutiva comum para os planetas gigantes mais próximos das suas estrelas.

A tendência de baixa insolação observada nas LDSEs sugere que uma grande fração dos elementos voláteis nestes planetas está diretamente exposta à irradiação recebida das suas estrelas hospedeiras. Os autores concluem que a resolução destas duas questões — a natureza das LDSEs e a origem da "crista Neptuniana" — contribuirá significativamente para completar a compreensão da evolução dos sistemas planetários. Este trabalho é apresentado como uma tese de doutoramento defendida na Universidade Complutense de Madrid.

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