Buscando Ligações entre Rajadas Rápidas de Rádio e Transientes Ópticos Históricos
O estudo utilizou uma amostra de 83 FRBs detectadas pelo Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment (CHIME) e seu extensor (KKO), além de 93 FRBs bem localizadas provenientes da literatura. O método envolveu a busca por transientes ópticos que coincidissem em posição e redshift com os FRBs. O objetivo principal era testar modelos de progenitores de FRBs, examinando se eles poderiam estar associados a outros fenômenos astrofísicos visíveis no espectro óptico, como supernovas de colapso de núcleo.
Os resultados da busca não revelaram associações significativas com transientes ópticos dentro das incertezas de localização de 5σ dos FRBs, com exceção de uma possível contraparte previamente identificada para o FRB 20180916B. Esta ausência de correspondências robustas entre FRBs e transientes ópticos conhecidos na amostra analisada é um achado importante na busca pela identificação dos progenitores de FRBs.
Além da busca por coincidências posicionais e de redshift, o trabalho também se dedicou a restringir a escala de tempo necessária para que o material ejetado por uma supernova se torne transparente à emissão de FRBs. Os pesquisadores estimam que leva pelo menos entre 6 e 10 anos para que a emissão de um FRB escape do material ejetado por uma supernova associada. Com base nessa restrição de tempo, o estudo infere que aproximadamente 7% dos transientes ópticos coincidentes, até 30% das supernovas atualmente conhecidas e até 40% das supernovas de colapso de núcleo poderiam ter um FRB observável apenas com base nas escalas de tempo.
A pesquisa, publicada no repositório arXiv, contribui para o campo da astrofísica de altas energias e para o estudo das rajadas rápidas de rádio. Embora não tenha encontrado associações diretas generalizadas, o trabalho estabelece limites importantes e fornece insights sobre as escalas de tempo relevantes na busca por desvendar a natureza e os progenitores desses eventos cósmicos transientes.